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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Vida...



Sobre a vida....


1.- A vida é viver – Não é uma coisa, é um processo. Não existe forma de conhecer de conhecer o que é a vida, a não ser vivendo, estando vivo, fluindo, discorrendo com ela. Se buscas o significado da vida em algum dogma, numa determinada filosofia, numa teologia, fique certo de que perderás o que é a vida e seu significado. A vida não está te esperando em nenhum lugar, em nenhuma parte, está sucedendo-te. Não se encontra no futuro como uma meta a ser alcançada, está aqui e agora, neste mesmo momento, em teu respirar, na circulação do teu sangue, e nas batidas de teu coração. Qualquer coisa que sejas é tua vida e se te colocas a buscar significado em outra parte, tu a perderás.

2.-A vida é insegurança. A cada momento te diriges para uma insegurança maior. É um apostar. Nunca se sabe o que vai acontecer. E é belo que nunca se saiba. Se fosse prescindível, não valeria a pena viver a vida. Se tudo fosse como se gostaria que fosse e se tudo fosse uma certeza, não serias um homem, serias uma máquina. Só existem certezas e seguranças para as máquinas.

3.- A vida é um mistério; quanto mais a conheces, mais bela se torna. Chega um momento quando, de repente, começas a vivê-la, começas a fluir com ela.

4.- A vida não é uma tecnologia, nem uma ciência. A vida é uma arte,... tens que senti-la. É como caminhar numa corda bamba.

5.- A melhor forma de perder a vida é ter um certo controle sobre ela.

6.- Depende de ti. A vida em si mesma é um tela em branco, se converte em qualquer coisa que tu pintes nela. Podes pintar infelicidade, podes pintar felicidade. A escolha é tua. Esta liberdade é tua glória.

7.- Minha mensagem é muito simples: Viva a vida tão perigosamente como te seja possível. Viva a vida totalmente, intensamente, apaixonadamente, porque a vida é o único DEUS...


Beijocas...

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O Monstro...


O Monstro da Indiferença...




Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isso: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar.Vê, não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia sem ver. Parece fácil, mas não é.O que nos é familiar já não desperta curiosidade.


O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo porteiro.Dava-lhe "bom dia" e, às vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência.


Um dia, o porteiro cometeu a descortesia de falecer.Como era ele? Sua cara, sua voz, como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu.Para ser notado, o porteiro teve que morrer.Se um dia, no seu lugar estivesse uma girafa cumprindo o rito, pode ser que ninguém desse por sua ausência.


O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas, há sempre o que ver: gente, coisas, bichos.E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que um adulto não vê, pois tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho, marido que nunca viu a própria mulher. Isso exige muito.

Nossos olhos se gastam no dia-a-dia. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

Beijocas...

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Juventude...



Juventude Eterna...


Essa história que eu vou contar agora aconteceu com uma mulher inteligente que estava fazendo uma palestra. Diz ela:

"Mês passado participei de um evento sobre o Dia da Mulher.Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi. Foi um momento inesquecível...A platéia inteira fez um "oooohh" de descrédito.Aí fiquei pensando: ", estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho?Onde é que nós estamos?"Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado "juventude eterna". Estão todos em busca da reversão do tempo.Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas. Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada.A fonte da juventude chama-se mudança. De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.Mudança, o que vem a ser tal coisa? Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho.Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu. Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. Rejuvenesceu.Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu. Toda mudança cobra um alto preço emocional.Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza.Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face. Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.
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Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
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Olhe-se no espelho...
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Beijocas...
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